quinta-feira, 28 de abril de 2011

Guerra Fria - Uma Disputa Ideológica

Com o fim da segunda guerra mundial em 1945, as duas maiores potências da época, Estados Unidos e União Soviética travaram uma disputa ideológica, cujo objetivo era o controle sobre a maior parte possível de territórios e áreas de influência. De um lado, os Estados Unidos firmado em uma ideologia baseada no consumismo (capitalismo), do outro lado, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sustentada por um modelo socialista de governo. Essa disputa levou o nome de guerra fria, pois os adversários se atacavam indiretamente de maneira fria e sem o calor de uma guerra bélica.

Durante esse período, muitos outros acontecimentos marcaram a época: o envolvimento dos Estados Unidos e União Soviética em diversas guerras regionais aumentaram ainda mais o conflito. Essas potências apoiavam lados diferentes dos combates, e o desejo pelo reconhecimeto de quem era o melhor estava garantido. Foi assim na Guerra do Vietnã, na Guerra da Coréia e também na Guerra do Afeganistão. Outro fato ainda marcou esse período, mas dessa vez o adversário era invisível: a radiação liberada no acidente nuclear da usina de Chernobyl, Ucrânia, deixou marcas na história da humanidade.

No dia 26 de abril de 1986, por volta da 1h25, um reator explodiu no momento em que os funcionários da usina realizavam um teste durante uma manutenção rotineira dos equipamentos. Por consequência disso, uma grande nuvem de radiação foi espalhada, atingindo também os países do leste europeu. Essa catástrofe foi intensificada pelas ações das chuvas e dos ventos. Ainda hoje existem pessoas que trazem sequelas decorrentes da radiação, netos e bisnetos de moradores de Prypriat, cidade próxima a usina, sofrem os danos da tragédia: câncer na laringe, deformação óssea, etc.

Mesmo com toda a gravidade do desastre e já nos últimos anos da guerra ideológica, o governo soviético ainda tentou esconder o fato, omitindo a situação. Seu temor era que a propaganda negativa do acidente diminuísse ainda mais a credibilidade do modelo socialista. Na época foi anunciado que havia dezenas de milhares de mortos, mas um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), de Setembro de 2005, destaca que foram 4 mil as vítimas comprovadas, enquanto o Greenpeace, que se opõe ao uso da energia nuclear, estima o número vítimas chega a 93 mil. O desastre de proporções jamais visto, ficou conhecido como a maior tragédia nuclear da história.

3 comentários:

  1. Gostei de sua visão a respeito da guerra fria. Parabéns por abordar um assunto que se tornou atual: acidente nuclear de Chernobyl.

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  2. Obrigado Suellen. Espero que sempre tenhamos a sorte de abordar assuntos antigos que se tornam atuais. Mas tomara que o próximo não seja tão devastador como foi o acidente nuclear.

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