quinta-feira, 28 de abril de 2011

O mundo 25 anos após o desastre Chernobyl

25 anos se passaram desde que a explosão de Chernobyl tornou-se o maior desastre nuclear da história. Este ano, o aniversário do acidente, lembrado no final de abril poderia passar despercebido, não fosse um caos nuclear que assolou o Japão. Para o mundo, Chernobyl nunca foi esquecido e o drama continua.

Mesmo após a esse grande acidente que causou, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, a morte a mais de 200 mil pessoas, a indústria nuclear continua patinando em termos de segurança. Nas proximidades da cidade ucraniana, que pertencia à antiga União Soviética, o leite consumido pelas crianças e algumas frutas silvestres ainda apresentam níveis de contaminação por Césio-137 muito acima do recomendado para a saúde humana.

Em 1986, ano do acidente, a área afetada pelo desastre nuclear foi a equivalente a cinco vezes o território da Holanda. Sete milhões de pessoas, destas três milhões de crianças, moravam em áreas próximas a Chernobyl. Cerca de 350 mil tiveram que abandonar suas casas. Estima-se que o número de mortes por casos de doenças relacionadas à radiação seja em torno de 100 mil, diz a OMS. Em vilarejos fora do raio de evacuação estipulado pelo governo, uma equipe do grupo ativista Greenpeace encontrou níveis de contaminação muito elevados nos alimentos e populações ainda não alertadas devidamente sobre o perigo.

Nove anos após o desastre, os sete países mais industrializados do planeta (G-7) prometeram á Ucrânia, uma ajuda de 2,3 bilhões de dólares em troca do fechamento de Chernobyl, antes do final de 2000. A desativação oficial foi anunciada pelo antigo presidente norte-americano Bill Clinton, durante a sua última visita a Rússia como presidente dos Estados Unidos. Mesmo após a essa ajuda e 16 anos depois, a Organização Mundial da Saúde revelou que cerca de cinco mil pessoas, que eram crianças e adolescentes em 1986, quando se deu o acidente, contraíram cancer na tireóide.

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